IED-BIG teve e tem grande importância na cultura de vieiras da Baia da Ilha Grande

    22-06-15-fazenda-marinha

    Breve Histórico da Atividade de Maricultura das Vieiras na Baía da Ilha Grande.

    Os pectinídeos – Vieiras são moluscos bivalves de alto valor comercial, e há algumas décadas atrás, o Brasil explorava através da captura os bancos naturais de vieiras, especialmente a espécie Pecten zic zac (Euvola zic zac) chegando a exportar os músculos destes moluscos. Não havia conhecimento e acompanhamento científico na extração e o esforço foi excessivo, quase dizimando os estoques naturais destes bivalves.
    No início da década de 90, a empresa Biotecmar construiu um pequeno laboratório de larvicultura de pectinídeos na Ilha da Gipóia, tendo assessoria de alguns técnicos chilenos. A espécie selecionada foi a Nodipecten nodosus, nativa na região, com denominação vulgar de vieiras, mas que recebeu o nome importado de Coquille de Saint Jacques. Os resultados positivos, aliados ao espírito empreendedor e entusiasmo de alguns empresários e pesquisadores da região, culminaram com a criação do Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande – IED-BIG.
    Esta iniciativa estimulou outros empresários, sendo criado o Instituto Antônio João Abdala, o qual montou um laboratório de larvicultura na Praia do Pingo D'Água - IAJA, também em Angra dos Reis.
    Houve então nesta década uma série de iniciativas no sentido de desenvolver a maricultura na BIG, ainda que ocorrendo de forma individual. Acompanhando este movimento, o Instituto de Ecodesenvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG) através do projeto POMAR, obteve recursos financeiros da PETROBRAS e Furnas Centrais Elétricas para construir um laboratório de porte na Vila Residencial da Petrobrás, que visava também o repovoamento com vieiras na Baia da Ilha Grande.
    O laboratório do IAJA, de menor porte, chegou a produzir sementes de vieiras e contribuindo com a disseminação da atividade, fornecendo sementes para alguns pescadores recém-iniciados na atividade através do PED, em um trabalho conjunto com a FIPERJ e Prefeitura Municipal de Angra dos Reis. Chegou, inclusive, a enviar sementes para outros estados do país. Porém, devido a problemas financeiros, teve suas atividades encerradas em 1997.
    Com isto, o IED-BIG passa, então, a ser o único laboratório com produção comercial de sementes de vieira ou coquile. Em 1998 forneceu cerca de 60.000 sementes para os maricultores integrantes do programa de maricultura da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, iniciado em 96 pelo PED, que culminou na produção comercial de vieira, atualmente o principal molusco cultivado.
     
    HOJE o IED-BIG localizado em Angra dos Reis na Baia da Ilha Grande é o único laboratório no Brasil que reproduz e comercializa sementes de vieiras com uma produção anual de aproximadamente 3 milhões.Com esta produção o IED-BIG atende toda a demanda nacional.
    HOJE  graças a projetos apoiados por órgãos como a FIPERJ (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro), a Prefeitura de Angra dos Reis, a Secretaria da Pesca e Aquicultura,  SEBRAE, IED-BIG,  produtores locais e amantes de vieiras, está sendo possível repovoar a Baía de Angra com a espécie, proteger o meio ambiente, monitorar as condições da água, gerar alternativas econômicas à pesca predatória e ainda fazer chegar à mesa produtos de excelente qualidade.
    HOJE – as mais de 10 fazendas marinhas só na Baía da Ilha Grande com grande produção fazem com que Angra dos Reis seja o município com maior produção de vieiras do Brasil. Com o aparecimento destas fazendas, a coleta da natureza e destruição ecológica acabou e o custo também diminuiu.

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